Manga Rosa
- C arte
- 29 de jun. de 2020
- 4 min de leitura
Atualizado: 4 de dez. de 2020

“Sempre tive dificuldade em encontrar biquínis que realmente gostasse e que me assentassem bem! Os biquínis, na maioria das marcas, são desenhados para o corpo magro, e acho que se tem de começar a quebrar esse estereótipo.”
WhatsApp: 962794868
Instagram: @mangarosa_pt
Email: info@mangarosa.pt
Site: https://mangarosa.pt/
Texto por: Francisca Costa
Gabriela tem 22 anos, está a tirar uma licenciatura em enfermagem e vive na Costa da Caparica. Esta jornada em que a fundadora da marca se começou a ligar mais aos biquinis e fatos de banho teve início em 2017. A ideia surgiu com a grande ligação que Gabriela tem com a praia, o mar, e o sol. Foi numa tarde, em que não tinha nada para fazer, que surgiu a ideia de começar esta aventura.
Inicialmente começou por vender os seus próprios biquinis, os que não dava tanto uso, através do seu Instagram. À medida que foi notando a grande adesão, Gabriela decidiu contactar um fornecedor desse tipo de moda, já conhecido seu. Criou uma marca, não registada, com o nome “Maui” que, por sua vez, também deteve grande sucesso por parte das suas clientes. Em 2020 avançou com um projeto seu “Manga Rosa Swimwear”.
Gabriela explicou-nos o porquê de ter atribuído à marca o nome “Manga Rosa”. “Não há uma razão, é o pior de tudo!”, disse a fundadora entre risos. “Eu simplesmente tinha outro nome que era “Maui Swimwear” só que, na altura, eu não percebia muito disto e então, quando fui registar a marca, esse nome já existia. A pior parte é mesmo dar nome a coisas. O meu pai é brasileiro, por isso, acabo por ter um lado do Brasil em mim e numa conversa com a minha mãe e com o meu pai, surgiu e acabou por ser «Manga Rosa Swimwear». No Brasil a manga rosa é uma fruta muito comum e cá em Portugal não.”
Todos os modelos existentes até ao momento são idealizados por Gabriela, são modelos que já queria há imenso tempo, não se deixando guiar por tendências. Conta que as cores sim, foi buscar as cores deste ano, como o lilás. Para o ano continuará a ter modelos básicos, a ter o modelo mais vendido deste ano, o modelo com o laço à frente e irá talvez começar a guiar-se pelas tendências futuras.

“Manga Rosa” é uma marca sustentável e então falou-nos um bocadinho sobre isso. “Somos uma marca mais sustentável porque é uma marca de slow fashion, não produzimos em grande escala, produzimos em Portugal, os modelos são produzidos em fábricas que providenciam condições de trabalho que são mais do que adequadas para as pessoas. Para além disso, nos envios temos uma embalagem que por acaso parece imenso que são de plástico, mas elas são de uma substância que, além de não ser plástico, são biodegradáveis e feitas de produtos reciclados. Durante a sua produção libertam umas substâncias que limpam as toxinas e substâncias que não são ecológicas e, portanto, acabam por neutralizar as substâncias tóxicas para o ambiente. Agora com o segundo lançamento vamos ter medidas ainda mais sustentáveis.
Primeiro, as lycras vão ser recicladas, 60% da sua composição são plásticos retirados dos oceanos, para além de reduzir a quantidade de matéria prima utilizada estamos a retirar plástico dos oceanos, que ainda por cima está ligado com o tema biquínis, mar, praia entre outros, e ainda as proteções de plástico também vão ser recicladas. Nós agora temos etiquetas normais que passarão a ser estampadas nas lycras. Vamos procurar implementar medidas cada vez mais.”
“All bodies are bikini bodies” este é o lema da marca. Gabriela contou-nos que acredita realmente nisso “sempre tive dificuldade em encontrar biquínis que realmente gostasse e que me assentassem bem! Os biquínis, na maioria das marcas, são desenhados para o corpo magro, e acho que se tem de começar a quebrar esse estereótipo.” Não procuram, de todo, apoiar a obesidade, mas sim fazer com que as pessoas se aceitem como são, quer vistam o tamanho XL quer vistam o S. Quer também conseguir, para o ano, ter biquínis do XS ao XXXL. Gabriela tem recebido muitas mensagens de mulheres a agradecer por se sentirem finalmente bem em biquínis.

Sempre contou com o apoio dos pais e dos seus amigos. O seu pai é empresário e a sua mãe é uma pessoa muito “terra a terra” alertando-a sobre diversos assuntos, o que equilibra muito bem as coisas, afirma Gabriela.
A sua inspiração vem de experiências vividas, nas coisas à sua volta, pedindo sempre opinião às suas amigas por terem gostos diferenciados.
Gabriela vai lançar a próxima coleção dia 1 de julho, não estava de todo à espera lançar outra coleção em tão pouco tempo e, por isso, revelou que os modelos não serão alterados, mas sim as cores. As vendas são online através do site da marca, podem entrar em contacto com a marca através do e-mail, WhatsApp e do Instagram, existe ainda um guia de tamanhos no site caso haja dúvidas. Os pagamentos são através de MBWAY, transferência bancária ou referência de multibanco.
Não estava à espera que existisse tanta adesão por parte das suas clientes, pois os preços seriam mais elevados que os anteriores. Nunca pensou que teria tantas encomendas, não esperava ver a sua marca em blogs e, muito menos, na revista Sábado. Agora na segunda coleção os conjuntos serão 2€ mais caros devido às lycras recicladas, e identificados pela palavra “ECO”.
Futuramente, daqui a 2/3 anos Gabriela gostava de expandir para Espanha e para países que sejam contra estação de Portugal, para conseguir continuar a vender durante todo o ano.
“TODOS OS CORPOS SÃO CORPOS DE BIQUINI, ESSA É A MENSAGEM QUE QUERO DEIXAR E É ISSO QUE QUEREMOS TRANSMITIR.” – Gabriela
Podemos-te revelar três cores da nova coleção, a cor de laranja, o azul e o preto. Fica atento à nova coleção, de certeza que não irá desiludir. Convidamos-te a espreitar o site e a acompanhar o crescimento da marca.
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