Marta Fonseca
- C arte
- 31 de jul. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 4 de dez. de 2020

“Quando pinto sozinha, sinto que estou no meu próprio planeta e que estou a comunicar como só eu sei. Sinto-me relaxada e conectada com o universo de certa forma.”
Instagram: @martafonsecaart
Facebook: @martafonsecart
Texto por Francisca Costa
Marta tem 20 anos, estuda psicologia e dedica-se à arte abstrata nos seus tempos livres. Ao falar-nos um bocadinho sobre si Marta referiu, “Sempre fui muito dada à arte, desde música a desenho, mas o que me sabe melhor fazer é pintar. Para além de ser uma atividade que me relaxa, fez-me conhecer muitas pessoas que me apoiam diariamente”. Entrou no mundo da pintura em setembro de 2019, após regressar de uma road trip com uma energia maravilhosa, decidiu tentar algo novo. Posteriormente em abril criou a sua página no Instagram, devido a vários amigos e colegas lhe pedirem consistentemente para que partilhasse o seu trabalho. “Eu achava que não valia a pena, pois faço poucos e não é profissional, mas acabou por ser a escolha certa.”, disse a artista.
Marta começou por fazer quadros com uma amiga, e, posteriormente começou a fazê-los sozinha, contou que “às vezes convido a minha irmã a fazê-los comigo, porque é mesmo muito divertido (e limpa-se mais rápido ahah). Mas faço quase todos sozinha, sinto que lhes dou muito mais de mim.”
O “bichinho” da arte, aquele que tantos falam, aquele dom, sempre esteve presente, os seus pais e a sua irmã também partilham do mesmo gosto e sentimento. Admite que sempre gostou de criar devido a ter um significado maior e por ser algo pessoal, o que se torna ainda mais interessante para Marta. Ainda assim, a artista ainda recebeu incentivos para voltar a pintar.
Marta descreveria o seu trabalho como “fluente” pois, acha que cada quadro transmite uma energia própria, mas, em simultâneo, ficam perfeitamente ligados.
Neste momento faz da arte um hobby, mas por outro lado a artista adorava que fosse algo que estivesse na sua vida a 100%, ter o seu próprio estúdio e conviver consigo mesma quando cria, sendo ela e apenas ela. Confessa que é algo que lhe faz genuinamente bem e que adora falar com as outras pessoas sobre os seus quadros, “sinto muito amor e carinho”. Por outro lado, tem outros planos para o futuro, de momento.
Seguidamente, Marta tentou explicar-nos um pouco daquilo que sentia quando criava, “Quando pinto sozinha, sinto que estou no meu próprio planeta e que estou a comunicar como só eu sei. Sinto-me relaxada e conectada com o universo de certa forma. Quando pinto com alguém, sinto que estamos a comunicar através de cores e formas, acho que é algo único e inexplicável.”

“Acid Lava” 30x30cm
Inicialmente fazia quadros por diversão e oferecia a amigos, depois, devido a receber alguns pedidos pensou que seria melhor começar a estabelecer um valor aos seus quadros quando feitos. Após criar a sua página começou a receber imensos pedidos, e foi aí que Marta reparou que já se começava a tornar em algo mais sério, e que implicava que dispensasse mais do seu tempo. E foi assim que começou a vender a sua arte.
Lilás, amarelo, azul e bordeaux/vermelho, são as suas cores de eleição, porém apesar de tentar sempre diversificar as cores acabam por ser essas as mais usadas pela artista. Acrescentou ainda “Eu tento sempre usar métodos e materiais diferentes para que cada quadro tenha uma estética única. E cada vez mais uso material reciclado.”
Posteriormente, como não poderia faltar, colocámos a seguinte questão “Em que é que te inspiras?”, à qual a Marta respondeu “Eu inspiro-me em experiências e sensações que tive, ou então, em pessoas, por exemplo, no primeiro quadro que publiquei “Female Energy” inspirei-me na pessoa para quem fiz o quadro. O quadro tem cores lindas, transmite-me uma energia feminina pura e única, hipoteticamente, se pudesse ficar apenas com um dos meus quadros seria esse mesmo, pois tem muito significado para mim e foi aquele que me trouxe motivação para pintar quadros.”
Para dar um nome aos seus quadros Marta faz uma ligação entre o que lhe trouxe inspiração e aquilo que transmite no final. Relativamente ao valor dos mesmos, explica que depende sobretudo do significado e tempo dedicado, tamanho, materiais utilizados, entre outras coisas mais.
“Eu, descrita numa palavra seria própria, pois eu vivo no meu mundo único em que só eu me entendo a mim própria.”
Para finalizar deixamos aqui um conselho da artista Marta Fonseca, “Para quem está agora a começar ou está simplesmente interessado, sugiro vivamente que tentem pintar, mesmo que corra mal ou fiquei “feio” para vocês. Pintar alivia-me a ansiedade e faz-me sentir melhor comigo própria. Um bom conselho é verem tutoriais sobre técnicas e como misturar a tinta.”
Esperemos que tenhas gostado tanto como nós de conhecer a Marta e o seu trabalho. Convidamos-te a ver a sua página e a acompanhar o seu trabalho, asseguro-te que não te irás arrepender!
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