Pandemónio
- C arte
- 29 de jun. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 4 de dez. de 2020

“Foi difícil selecionar um nome para esta conta, queria que fosse sonante, que fizesse sentido e, sobretudo, que eu gostasse. Foi então que optei por «Pandemónio» porque acho que é um bocado isso, uma mistura de técnicas, cores, linguagens, suportes, entre outras coisas mais. É um bocado de tudo.”
Instagram: @pandemonio._
Texto por: Francisca Costa
Tem 18 anos, é do sexo feminino, vive em Lisboa, o seu pseudónimo é “Pandemónio”, e conta que desenha desde que se lembra. Acabou este ano letivo o secundário na Escola Artística António Arroio em Produção Artística – Têxteis e criou a sua conta artística no Instagram após ter sido uma das vencedoras do concurso de Diário Gráfico da escola onde estudava.
Durante a conversa falámos sobre o seu pseudónimo bastante distinto “Pandemónio”. E a jovem não pode de deixar de explicar que “Foi difícil selecionar um nome para esta conta, queria que fosse sonante, que fizesse sentido e, sobretudo, que eu gostasse. Foi então que optei por «Pandemónio» porque acho que é um bocado isso, uma mistura de técnicas, cores, linguagens, suportes, entre outras coisas mais. É um bocado de tudo.”
De seguida a artista contou que na maior parte do seu tempo dedica-se à ilustração e à arte têxtil, no entanto afirma ter interesse em outras artes de expressão artística como, street art ou instalação. Referiu ainda que privilegia muito o processo artístico como uma forma de aprendizagem, até mesmo enquanto produto artístico.
Foi-lhe questionado que trabalhos realizava e, de imediato, respondeu “Normalmente faço ilustrações, desenhos ou objetos têxteis, no entanto, tenho vontade de experimentar outros meios de expressão artística. Já vendi vários trabalhos, já participei várias vezes em mercados para artistas. Vendo originais, prints, sacos de pano, entre outras coisas.”

Os trabalhos pelos quais sente maior afeto não estão publicados na sua conta, “ou porque quero preparar bem as coisas antes de apresentar ao público, ou porque foram para concursos e não podem ser divulgados nas redes sociais”, afirmou a artista.
Posteriormente, não pude deixar de perguntar o que tenciona fazer futuramente, enquanto artísta e enquanto estudante. “No meu futuro enquanto artista, procuro envolver-me em áreas como a instalação e a street art, entre outras formas de expressão. Pretendo ter um trabalho de algum modo impactante; também existem outros fatores que para mim são importantes como o processo criativo, desde o momento de pesquisa até à conclusão do objeto e a participação do público, criando um envolvimento para com a peça. No entanto, neste ano, pretendo ingressar no curso de Pintura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa porque, primeiramente, a oferta de cursos de artes em Portugal é reduzida e considero que pintura me poderá dar bases que podem ser úteis para qualquer meio de expressão artística.”
Recebeu desde sempre apoio dos pais e dos familiares mais próximos, agiram sempre com a devida naturalidade relativamente ao facto de a jovem querer ingressar num curso de artes, sendo que alguns dos seus parentes também se formaram na área.
A artista ainda contou que não costuma utilizar muita inspiração no seu trabalho, diz que já criou uma linguagem mais própria e autónoma. Porém, tem como referência artistas como Keith Haring, Jean-Michael Basquiat, Paula Rego, entre outros artistas.
E por último, mas não menos importante “O que sentes quando crias?”
“O que sinto ao criar um projeto é algo diferente, consoante a natureza do mesmo. Nas ilustrações costumo sentir satisfação e algum conforto, até porque é das coisas que me sinto mais à vontade. No entanto, quando faço os projetos de arte têxtil existe toda uma outra carga associada aos mesmos, são objetos conceptuais que têm por detrás uma carga ou emocional ou interventiva que exige um outro tipo de pensamento.”
Após conheceres um pouco da artista “PANDEMÓNIO” convidamos-te a acompanhares os seus trabalhos e a espreitares a sua página nas redes sociais.
Comments